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Ele está sentado à direita de Deus Pai
Por Pe Fabio Antunes do Nascimento

Podcast Outro Papo de Igreja, do Serviço Teológico Pastoral

Celebramos no domingo a Solenidade do Senhor, memória do dia em que o Senhor ressuscitado subiu ao céu. É necessário precisar alguns aspectos desse acontecimento. A presença de Cristo permanece como sempre existiu. Pois Jesus é o Filho de Deus e existe antes de todas as coisas com o Pai e Espírito. Segundo Ele voltará, essa é a promessa que nos deixou. E sobre essa promessa dizer:

Não é uma ameaça, mas nossa esperança.

É comum ouvirmos falar da volta de Jesus em tom de ameaça, com adereços apocalípticos, que sugerem uma catástrofe devastadora da qual uma mínima casta pura, será poupada da justiça vingativa do Senhor do fim do mundo. O Senhor prometeu voltar, preparar um lugar para nós e nos dar a vida eterna, claro que há exigências, mas o que o Senhor nos dá é esperança, não ameaças. Por isso, rezamos: “venha a nós o vosso Reino…”. dessa forma compreenderemos as razões da nossa esperança: “, para que saibais qual a esperança que o seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos”.

Uma fé ativa

Muitos pensam na fé como uma confiança na providência, que nos isenta de qualquer participação naquilo que esperamos alcançar. “Fé é um modo de possuir o que ainda se espera”, assim quem crê, atua com confiança. Não condiz com quem crer terceirizar toda a responsabilidade, pelo que espera, a Deus. Quem acredita caminha, luta, constrói, busca, bate e pede. Por isso, a fé em Cristo não é somente um olhar admirado: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.

Qual é a nossa tarefa até que o Senhor volte?

“Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”. É a nossa tarefa anunciar o Evangelho. E nisso é preciso superar os estereótipos que aparecem quando falamos da pregação do Evangelho. Muitos pensam na imagem de alguém que o bíblia na mão recita versículos bíblicos, buscando convencer e fundamentar uma doutrina. A pregação do Evangelho passa em primeiro lugar pelo testemunho, mais que palavras se trata dos gestos. Como costumamos dizer: um exemplo vale mais que mil palavras… Precisamos ser sal e luz, precisamos repetir em nossos atos os gestos de Jesus. Embora, isso pareça remar contra a maré, andar na contramão é o testemunho que se espera dos cristãos.

Nunca desanimar

Ser cristão no mundo de hoje, não é o mais fácil, nem o mais simples. Ser cristão é assumir a vocação profética e já sabemos: “um profeta não é bem aceito em sua própria terra…”. O tempo que vivemos martiriza os discípulos da verdade, ser fiel a Jesus Cristo é uma entrega exigente. Desistir parece o caminho mais fácil. Para sustentar-nos na fé devemos manter viva a consciência da promessa de Jesus: “eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

Pe Fabio Antunes do Nascimento

Diocese de Coxim

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