Quando se elegeu em 2018, Bolsonaro prometeu acabar com a corrupção e salvar o país do “comunismo”. Muitos acreditaram nele. Agora, passados quase quatro anos, com o país quase destruído por este governante incompetente, teremos a chance de resgatar o Brasil. O presidente, ao não enfrentar a pandemia, ao tratar o coronavírus como uma “gripezinha”, ao fazer campanha contra a vacina, permitiu que a doença se espalhasse e levasse à morte mais de 680 mil pessoas. A maioria poderia ter sobrevivido, se o governo tivesse adotado medidas para reduzir a contaminação e se tivesse comprado vacinas assim que elas ficaram disponíveis. O governo agiu ao contrário, atacou governadores e prefeitos que tomaram medidas de proteção, fez propaganda de um remédio ineficaz (cloroquina) e, depois, passou a atacar as vacinas, contribuindo para disseminar o vírus.
As políticas públicas foram, uma a uma, desmontadas e, para dirigi-las, Bolsonaro nomeou pessoas despreparadas, como o general Pazuello para a Saúde, alguém que nem sabia o que era o SUS. Descobrimos que os recursos para a Educação foram reduzidos e o Ministério foi usado para favorecimentos e propinas para alguns pastores. O auxílio emergencial que o governo queria dar no início da pandemia era de 200 reais por mês: graças à pressão de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, o Congresso aumentou o valor para 600 reais. Mas isto só durou quatro meses, depois o valor foi reduzido à metade e, nos primeiros meses de 2021, a população vulnerável ficou sem auxílio.
Sua postura em relação à Amazônia incentivou a ação de madeireiras, garimpeiros e mineradoras, provocou aumento do desmatamento e das queimadas e violência contra os povos indígenas. Em três anos, o governo liberou 1.652 agrotóxicos, mais de um agrotóxico por dia, vários deles proibidos na União Europeia por seus efeitos na saúde.
Embora o programa de habitação tenha recebido um novo nome, “Casa Verde e Amarela”, houve uma redução drástica dos recursos para a construção de moradias populares, deixando os mais pobres sem esta alternativa. Para evitar o impedimento, Bolsonaro ofereceu recursos públicos à maioria dos parlamentares, através do “orçamento secreto”. Para viabilizar esta compra de votos, tirou recursos do Programa Farmácia Popular e cortou 45% das verbas destinadas ao atendimento contra o câncer, entre outras. O governo Bolsonaro determinou um corte linear de 60% nas verbas da Saúde.
No primeiro dia de governo, 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro dissolveu o CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar). Nós somos o maior exportador de soja do mundo o 4º maior exportador de grãos. Porém, 33 milhões de pessoas estão passando fome hoje em dia. Isto se deve à ausência de políticas para garantir alimentação aos mais vulneráveis, aliada às dificuldades provocadas pela pandemia, ao desemprego e à queda da renda dos trabalhadores. Mais da metade da população (58,7%) está em insegurança alimentar, o que significa que não tem suas necessidades atendidas. O presidente, porém, nega que haja fome no Brasil.
O desemprego diminuiu este ano. No entanto, mais de um terço da população ocupada, 37%, está em trabalhos precários. O total de trabalhadores que ganham até 2 salários mínimos (2.424 reais) é de mais de dois terços, parte deles na informalidade, isto é, sem os direitos garantidos.
Temos um presidente que faz propaganda de armas, prega o ódio aos adversários e alimenta a violência: nunca condenou mortes de inocentes por policiais ou por motivo político. Ao contrário, costuma se solidarizar com os que causaram as mortes. Nunca tivemos uma campanha eleitoral em que as pessoas têm de tomar cuidado porque podem ser alvo de agressões por parte de bolsonaristas.
Um governo que só se preocupa com os pobres na época das eleições, que não enfrenta o desemprego nem a fome, que não melhora a saúde nem a educação, que só governa para sua família, seus amigos, seus apoiadores, não é um governo para todos, não é um governo para a maioria, não é um governo de paz e de justiça.
Temos a chance de tirar este presidente do poder e colocar alguém que já demonstrou ser capaz de gerar empregos, tirar milhões de pessoas da miséria, melhorar a educação, apoiar a universidade, investir em ciência e pesquisa, promover o desenvolvimento do país.
Esta é a hora!