As CEBs, diante da realidade que se transforma em nosso imenso Brasil, continuam e/ou vão surgindo e organizando-se de acordo com as realidades locais, com as peculiaridades dos regionais.
Forma de organizações distintas é preciso ser respeitada e acolhida, visto que, as realidades como um todo não são iguais, para exemplificar, realidades geográficas, econômicas, estruturais e eclesiais.
O que não pode é haver divergência da centralidade do que caracteriza uma Comunidade Eclesial de Base. Tem que haver um só eixo. Uma só linha dorsal.
O aprendizado através da Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs reafirma que, para ser uma autentica Comunidades Eclesiais de Base é preciso à centralidade da vida na Palavra, ser mecanismo de participação de todo o Povo de Deus e haver articulação com a solidariedade política.
Assim sendo, as CEBs em todos os regionais são iguais, o “eixo” é único, o que pode ser diferente, a forma como elas estão organizadas em suas estruturas. Esse é o nosso entendimento.
Sabemos que há o risco, na busca de ser o caminho para a igreja enfrentar as dificuldades e acompanhar as mudanças, às CEBs perder o que realmente a caracteriza, e aí deixam de ser na sua essência uma comunidade Eclesial de Base.
Diante dessa realidade, enquanto coordenadores da Escola de Formadores e Articuladores para as CEBs partilhamos a preocupação com o assessor convidado para a escola, o teólogo Celso Pinto Carias e propomos a elaboração de um material, em forma de “caderno”.
Esse material, na forma de caderno, incluirá em um processo mais amplo de reflexão sobre a unidade nas diversidades das CEBs no Brasil. Unidade no eixo central de cada CEBs, uma só linha dorsal e diversidades em sua estrutura organizacional.
O caderno uma resposta a algumas demandas urgentes de fundamentação da prática das CEBs na atualidade ao mesmo tempo, tornar-se visível e compreensivo o que se faz necessário para ser uma autêntica Comunidade Eclesial de Base, apresentando os elementos necessários.
O caderno, um material comum para as CEBs do Brasil, aporte para as direções a se tomadas pelas Arq/Dioceses que querem dar autenticidade as Comunidades Eclesiais de Base e para as que querem iniciar esse modo de ser Igreja.
Entendendo a “Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs”
Coordenar uma CEB, ser agente de pastoral, animar um grupo de reflexão nunca foi fácil. Para Francisco “Evangelizar é uma alegria”, é preciso pedir a graça de não cair num anúncio “aborrecido e triste”. A Igreja tem o compromisso de ajudar na formação e na articulação de seus membros para estarem preparados para lidar com os problemas atuais e, acima de tudo, pensar e refletir as soluções para enfrentar essas dificuldades.
A Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs é coordenada pelo padre Genivaldo Ubinge e por mim, Lucimar Moreira Bueno (Lúcia), ambos assessores das Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs na Arquidiocese de Maringá. O teólogo Celso Pinto Carias o assessor convidado para a escola.
Maringá é sede da Escola de Formação de Formadores e Articuladores para as CEBs com cinquenta e seis integrantes, sendo trinta e seis da Arquidiocese de Maringá, um da diocese de Apucarana e os demais das dioceses que compõe a Província Eclesiástica de Maringá, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama.
Escrita por Lucimar Moreira Bueno (Lúcia) – Regional Sul 2