Garantir a democracia contra a barbárie

Vejamos:

  1. Lula teve 48,43% dos votos e Bolsonaro 43,20%. Lula ficou a 1,57% de ganhar no primeiro turno. 
  2. Lula teve 57.259.504 votos e Bolsonaro teve 51.072.345. Nosso candidato teve 6 milhões de votos a mais que o presidente atual. Levando em conta que Bolsonaro ganhou a eleição de 2018, no 2º turno, com 57.797.847, isto significa que, agora, no 1º turno, Lula chegou praticamente ao mesmo número de votos. Considerando que Bolsonaro tem a caneta na mão e abriu os cofres públicos para conceder uma série de auxílios aos mais pobres, para reduzir o preço dos combustíveis, e entregou quantias fabulosas aos parlamentares que o apoiam, é impressionante que Lula tenha obtido este resultado. 
    Lembremo-nos da campanha sistemática da mídia desde 2014 para colar a pecha de “maior história da corrupção” em Lula, Dilma e no PT. Mesmo depois de ter seus julgamentos anulados, mesmo depois de ter sido absolvido em vários processos e depois de o juiz que o condenou ter sido considerado parcial e suspeito pelo Supremo, muita gente ainda associa Lula à corrupção. Isto é consequência de uma imagem negativa que foi construída diuturnamente pela grande mídia. 
  1. O Nordeste confirmou o que as pesquisas apontavam: a menor diferença foi de 30 pontos a favor de Lula, houve estados com mais de 40 pontos e, no Piauí, a diferença foi de mais de 50 pontos (74% a 20%). 
  2. A eleição em Minas Gerais repetiu o panorama nacional (48% a 43%). Mas em São Paulo e no Rio de Janeiro, Bolsonaro ganhou: 7 pontos na frente em SP, 11 pontos na frente no Rio. É, pois, no sudeste que a campanha terá de concentrar esforços. 
  3. Houve muitos parlamentares bolsonaristas eleitos, mas o motivo não foi seu elo com o presidente e, sim, os vultosos recursos públicos que receberam através do “orçamento secreto”, um total de 65 bilhões de reais em três anos! Para se ter ideia do que é isso, é 10 vezes mais que o valor que a Lava-Jato recuperou da Petrobras. Os partidos que mais elegeram deputados federais foram os que mais receberam.
  4. Por outro lado, obtivemos vitórias importantes: Guilherme Boulos foi o deputado federal mais votado por São Paulo, elegemos cinco deputadas federais indígenas, inclusive Sônia Guajajara. Também aumentou o número de mulheres (91 – 14 a mais) e de negros/as (135 – 11 a mais). Elegemos 2 deputadas trans pela primeira vez e 7 senadores no campo progressista.
  5. Simone Tebet teve 4,2% dos votos e Ciro Gomes, 3%. Parte dos seus eleitores fizeram voto útil em Bolsonaro, para evitar que a eleição terminasse no primeiro turno. Tebet declarou apoio a Lula no segundo turno. Ciro, menos enfático, também o fez. O PDT manifestou publicamente o apoio a Lula.

O que fazer?

No diálogo com pessoas que ainda não decidiram votar em Lula, nas nossas redes sociais, o que devemos destacar?

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