Teólogos e teólogas envolvidos na reflexão em vista do Sínodo para a Amazônia estão reunidos em Brasília, de 28 a 31 de janeiro para ampliar e consolidar uma visão teológica das escutas realizadas no território amazônico nos últimos meses. O grupo deve produzir um contributo para os assessores que participarão da construção do Documento de Trabalho (Instrumentum Laboris) do Sínodo, previsto para outubro, no Vaticano.
Organizado pela REPAM-Brasil e Rede de Igrejas e Mineração, a atividade reúne 18 teólogos e especialistas nas Pontifícias Obras Missionárias/POM, em Brasília.
Segundo Irmã Maria Irene Lopes, secretária executiva da REPAM-Brasil, a proposta é que os teólogos convidados “ajudem a refletir a partir do que veio da base, auxiliando nossos peritos”.
Pe. Dário Bossi, assessor da REPAM-Brasil e membro da Rede de Igrejas e Mineração, é um dos articuladores do encontro, que pretende situar o Sínodo no contexto da Igreja Universal trazendo a perspectiva do Papa Francisco de, com o Sínodo, ter a Amazônia como região estratégica para uma reflexão sobre toda a Igreja.
De acordo com Pe. Dário, uma das propostas da atividade é “aprofundar os temas mais importantes que o texto de estudo, que foi elaborado para preparar o Sínodo, ofereceu para as comunidades. Assim, tentaremos aprofundar o tema da ministerialidade, de um novo rosto da Igreja na Amazônia, a partir também de novas proposta formativas”.
Participam do fórum teólogos brasileiros de diferentes regiões do Brasil e atuantes na Amazônia, como pe. Ricardo Castro, de Manaus, o monge beneditino Marcelo Barros, os padres Peter Hughes e Fernando Roca, de Lima (Peru). Seguindo a linha de Francisco de abertura e ecumenismo, a teóloga luterana Nancy Cardoso também foi convidada e participa.
O bispo de Marajó, Dom Evaristo Spengler, afirma que “a terra é de Deus, é um dom sagrado; e os povos tradicionais da Amazônia assim a encaram e interpretam, preservando a natureza e a vida. Mas a vida está sendo atacada em função da economia, e o Sínodo para a Amazônia vai mostrar de que lado a Igreja está: da vida, dos mais fracos, dos povos indígenas, dos mais pobres, dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas…”.