Em 10/10/23, Dom Mauro Morelli é sepultado em cripta na Catedral de Santo Antônio, Duque de Caxias, RJ, Baixada Fluminense. Ele gostava muito de citar Jo 10,10: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Foi uma presença da graça de Deus no meio de muita dor e sofrimento. Fez a Baixada entrar no mapa do Brasil. Trabalhou incessantemente para que a população, sobretudo as crianças, tivesse sua dignidade reconhecida.
Em 1981, quarenta anos antes do Papa Francisco convocar o Sínodo sobre a sinodalidade (Comunhão, Missão e Participação), Mauro convocava o Sínodo Diocesano: “Comunhão, Participação e Corresponsabilidade na Igreja”. Durante vinte e três anos ajudou a igreja local de Duque de Caxias e São João de Meriti a compreender que, pelo batismo, somos todos e todas, sujeitos eclesiais.
Agora, fica a memória de seu caminho pastoral pela Baixada e pelo mundo. Que esta “memória perigosa”, como dizia o teólogo alemão J. B. Metz, não se perca. Que o seu corpo, semeado na Catedral da qual ele foi o primeiro bispo, possa florescer em uma “Igreja de irmão e irmãos, presença viva do Cristo Pastor na Baixada Fluminense”, como consta na oração do Sínodo Diocesano, composta por ele mesmo.