A reportagem foi publicada originalmente no blog do Mauro Lopes, na manhã desta quarta feira (27):https://outraspalavras.net/maurolopes/2017/09/27/papa-os-pobres-carregam-a-esperanca-e-farao-a-revolucao/#more-2166
O Papa afirmou na manhã desta quarta (27) que “a esperança não é virtude para as pessoas com o estômago cheio”, que são verdadeiros “inimigos da esperança”. Para Francisco, “os pobres são os primeiros portadores da esperança”, como José e Maria e os pastores de Belém. “Enquanto o mundo dormia recostado nas tantas certezas adquiridas, os humildes preparavam no silêncio a revolução da bondade. Eram pobres de tudo, mas eram ricos do bem mais precioso que existe no mundo, isto é, o desejo de mudança”.
As declarações de Francisco foram feitas na Praça São Pedro no lançamento da campana “Partilhar a viagem” da Caritas Internacionalis, voltada aos migrantes e ao tema do acolhimento aos refugiados. Além da direção das Caritas, havia um sem número de migrantes e refugiados na praça, durante a Audiência Geral que marcou o início da campanha.
Ao referir-se ao poeta francês Charles Péguy – “que deixou páginas estupendas sobre a esperança” – o Papa observou que a imagem de um de seus textos evoca “os rostos de tanta gente que passou por este mundo – agricultores, pobres, operários, migrantes em busca de um futuro melhor e que lutaram tenazmente não obstante a amargura de um hoje difícil, cheio de tantas provações, animados porém pela confiança de que os filhos teriam uma vida mais justa e mais serena”.
O Papa afirmou que “a esperança é o impulso no coração de quem parte deixando a casa, a terra, às vezes familiares e parentes, para buscar uma vida melhor, mais digna para si e para os próprios familiares”, mas é também “o impulso no coração de quem acolhe, o desejo de encontrar-se, de conhecer-se, de dialogar”.
[Mauro Lopes, com informações da Rádio Vaticano e Religion Digital]