Entre os 14 bispos nomeados cardeais pelo papa Francisco destaca-se o bispo emérito de Corocoro, na Bolívia.
Toríbio Ticona, nasceu de família pobre e humilde em Potosí, região famosa pelas minas de prata. Sua mãe era pobre e analfabeta. Seu pai era um camponês que teve que trabalhar nas minas da região. Toríbio nunca conheceu seu pai.
Em sua infância, para ajudar a sustentar sua mãe, foi engraxate, vendedor de jornais, auxiliar de pedreiro e macânico de automóveis. Mas, dentro das possibilidades do local, acabou indo também ser mineiro. Em 1955, através da ajuda dos missionários belgas, entrou em contato com a Igreja. Acabou ingressando no seminário e foi ordenado presbítero em 1967. Continuou como sacerdote, trabalhando entre os mineiros.
Em 1986 foi nomeado bispo auxiliar de Potosí e continuou seu trabalho no Centro Mineiro norte de Potosí. Em Chacarilla, além de suas tarefas pastorais, a pedido do povo local aceitou assumir a prefeitura para coordenar a luta contra uma empresa mineradora japonesa que cometia abusos contra os trabalhadores das minas. Em 1992 foi transferido para Coro coro, onde mora até hoje. Leva vida simples e humilde. Como ele mesmo diz: “vim a este mundo humilde e pobre. Quero morrer assim!”
Com este Consistório Toríbio Ticona tornou-se o segundo cardeal boliviano. Ao nomeá-lo, Francisco aponta seu modelo de episcopado com cheiro de ovelhas.
Texto do Religión Digital
Tradução e adaptação: Francisco Orofino